O Circo Mundo Mágico de Beto Carrero, em cartaz em Belo Horizonte neste começo de mês de abril, apresenta um espetáculo que não vale o quanto cobra pelo ingresso. Sem desmerecer os artistas do picadeiro, a impressão que tive foi a de estar diante de um circo "terceirizado", uma franquia que usa o nome de Beto Carrero para atrair o público, um espetáculo cheio de enrolações (especialmente no começo), poucos artistas, que saíam do palco e voltavam com roupas trocadas entre outras coisas; enfim, uma aparência e estrutura típicas desses circos sem muitos recursos que vagueiam de cidade em cidade, lutando para manter a tradição do circo a todo custo, até mesmmo ao custo de ganhar apenas o suficiente pra sua subsistência.

O espetáculo é incompatível com o que se espera do pomposo Mundo de Beto Carrero, mesmo se tratando de um trabalho itinerante que, obviamente, não pode levar toda a estrutura do parque localizado em Santa Catarina. Mas deviam ser mais honestos com o público e cobrar um preço adequado. Bom, é isso.